AVALIAÇÃO DE DIFERENTES CLASSES DE SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS NATURAIS EM GARRAFADAS

Autores

  • Daniele Hernandes Coimbra Muniz
  • Rosilene Kinue Ito

Resumo

Em muitas comunidades e grupos étnicos, o conhecimento sobre plantas medicinais representa muitas vezes o único recurso terapêutico. A cultura do uso de plantas no tratamento e cura de enfermidades é tão antigo quanto a espécie humana. Atualmente, encontra a comercialização de plantas medicinais em feiras livres, mercados populares ou cultivadas em residências. As garrafadas constituem soluções extrativas compostas por uma variedade de espécies vegetais em um líquido extrator, geralmente, hidroalcoólico. A composição de uma “garrafada” está diretamente relacionada à etnofarmacologia. O tratamento com plantas medicinais mostra-se adequado em vários municípios brasileiros que não possuem fácil acesso aos medicamentos industrializados, mesmo aqueles cedidos pelo governo. Reconhecendo esta realidade, publica-se a “Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no Sistema Único de Saúde (SUS)” através da Portaria n° 971 de 03 de maio de 2006 incluindo a fitoterapia como uma prática médica oferecida pelo SUS. A utilização de garrafadas pode induzir e/ou ocultar problemas graves, além de promover interação medicamentosa. Nesse sentido, o presente estudo tem como objetivo verificar qualitativamente os metabólitos secundários, uma prospecção fitoquímica da garrafada e, através de revisão em literaturas, avaliar a toxicidade do uso concomitante de diferentes espécies vegetais num mesmo extrato. Será determinado o resíduo seco e densidade relativa, ensaio de prospecção fitoquímica para esteróides e terpenóides, flavonóides, taninos, saponinas e alcalóides totais. A garrafada adquirida no comércio popular denomina-se “Flôr do Amazonas” e de acordo com o rótulo, é indicada para “fortalecimento dos músculos e nervos”, composta por Danda, Ipê-Roxo, Jurubeba, Catuaba, Erva-de-Santa-Maria, Pau-Pratudo, Cipó-Cruz, Quina-Quina, Boldo-do-Chile, Chapéu-de-Couro, Guaraná, Emburama, Angico, Cavalinha, Cajueiro, Carobinha, Marapuama, Quixaba, Pau-Tenente, Espinheira-Santa, Sete-Sanglia, Aroeira, Barba-Timão, Pau-de-Resposta, Babosa. Foi concluído a identificação botânica, parte utilizada da planta para elaboração de extrato e uso popular de cada espécie vegetal através de levantamento em literatura sobre as espécies vegetais que compõem a garrafada. A próxima etapa será a realização dos testes para a prospecção fitoquímica.

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Publicado

2016-05-05

Como Citar

Coimbra Muniz, D. H., & Ito, R. K. (2016). AVALIAÇÃO DE DIFERENTES CLASSES DE SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS NATURAIS EM GARRAFADAS. Revista Saúde - UNG-Ser, 9(1 ESP), 47. Recuperado de https://revistas.ung.br/index.php/saude/article/view/2242

Edição

Seção

RESUMOS JORNADA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA CNPq E UNG