AVALIAÇÃO MICROTOMOGRÁFICA DA MORFOLOGIA DO TECIDO ÓSSEO MANDIBULAR DE PACIENTES SOB TRATAMENTO COM ALENDRONATO.

Resumo

Introdução: a partir de 1995, alguns casos de insucessos de implantes osseointegrados em função e de ocorrência de osteonecrose dos maxilares após procedimentos invasivos na cavidade oral, foram relatados em pacientes fazendo uso de alendronato e outros bifosfonados. Objetivo: o presente estudo terá como objetivo avaliar as características morfológicas do tecido ósseo mandibular em pacientes que fazem uso contínuo de alendronato. Método: serão selecionadas voluntárias na fase pós-menopausa, que necessitem de reabilitação oral implantossuportadas. Estas serão divididas em 2 grupos: 1) grupo controle: pacientes na fase pós-menopausa que não estão em tratamento para osteoporose; 2) grupo alendronato: pacientes na fase pós- menopausa, com diagnóstico de osteopenia/osteoporose e que fazem uso contínuo de alendronato, por pelo menos 1 ano. Após planejamento cirúrgico-protético, as voluntárias serão encaminhadas para a realização da cirurgia de instalação dos implantes. Para instalação dos implantes, ao invés de iniciar a perfuração do tecido ósseo utilizando-se uma fresa piloto, será confeccionada uma loja óssea com uma fresa trefina de 2mm e coleta da amostra de tecido ósseo. Essa amostra de tecido ósseo será avaliada por meio de exame de microtomografia computadorizada para avaliação das características morfológicas do tecido ósseo que receberá o implante. Resultados: com esse estudo espera-se conhecer as caracteristicas morfologicas do tecido osseo em que implantes osseointegrados sao instalados, em individuos sob tratamento com alendronato. Iremos tambem observar se esse tecido possui as mesmas caracteristicas e propriedades mecanicas do tecido osseo de pacientes que não fazem uso desse medicamento. Conclusão: essas alterações, caso estejam presentes, poderiam desencadear resposta diminuida do tecido osseo frente a injurias, menor formacao ossea ao redor de implantes, menor estabilidade primaria, e possivel comprometimento no processo de mineralizacao, levando a problemas de osseointegracao e, consequentemente, diminuindo a taxa de sucesso de implantes nesses pacientes.