IDENTIFICAÇÃO ETIOLÓGICA DOS TRAUMAS BUCOMAXILOFACIAIS MAIS FREQUENTES ATENDIDOS EM HOSPITAIS PÚBLICOS DE REFERÊNCIA NA PARAÍBA

Autores

  • Caio Bruno Feitosa Albuquerque
  • Letícia Vitória Brito Ferreira
  • Lucas Emanuel Ribeiro de Melo
  • Anna Maria Jácome de Moura
  • Tony Santos Peixoto

Palavras-chave:

Fraturas Maxilomandibulares, Etiologia, Acidentes de Trânsito

Resumo

Objetivo: Analisar a etiologia das incidências dos traumas bucomaxilofaciais mais frequentes atendidos em hospitais públicos especializados e de referência no estado da Paraíba a fim de traçar um perfil do agente causador, bem como, das estruturas anatômicas mais acometidas e, com isso, podermos direcionar o foco para as causas mais constantes, sugerindo, assim, planejamento de ações preventivas mais específicas e intervenções mais eficazes. Métodos: A metodologia aplicada foi uma revisão bibliográfica realizada a partir de estudos disponíveis em plataformas digitais: Scientific Eletronic Library Online (SciELO), ADOLEC e Acervo da Universidade Estadual da Paraíba. Foram incluídos Trabalhos de Conclusão de Cursos, Monografias, Resumos e Artigos, todos publicados entre 2013 e 2017. Resultados: Diante de o elevado número de entradas nos hospitais especializados em traumatologia, se faz necessário investigar as causas de maior incidência, a fim de buscar uma possível prática preventiva que venha a reduzir tal frequência. Foram encontrados apenas três estudos referentes ao tema, os quais demonstraram que os acidentes de trânsito são a maior causa de internações por traumas bucomaxilofaciais. O primeiro, realizado entre os meses de janeiro de 2013 e dezembro de 2014, no Hospital Regional de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes localizado em Campina Grande apontou que das entradas por trauma envolvendo cabeça e pescoço, 79,6% foram de homens e a faixa etária mais frequente das ocorrências foi entre 20 e 39 anos, com 34,5% dos casos. As principais causas foram os acidentes de trânsito envolvendo automóveis, motocicletas e bicicletas totalizando 47,5% das ocorrências, sendo 29,6% do total de acidentes ocasionado por motos. Quanto às áreas lesionadas, a mais frequente foram os ossos nasais com 21,5% seguido da região periorbitária e supercílio com 18,5%. O segundo estudo, realizado em 2015 no mesmo hospital, apresentou o sexo masculino com 87,8% envolvidos nos acidentes causados por motocicleta e a região mais lesionadas foram o osso nasal com 33.33%, seguido do osso zigomático e mandíbula com 28,57% cada. O terceiro estudo, realizado no Hospital de Trauma de Patos, entre os anos de 2016 e 2017, apresentou um padrão etiológico semelhante aos acima citados, com 50,8% dos traumas faciais ocorridos no sexo masculino e também ocasionados por acidentes motociclísticos, estando a sua maioria na faixa etária entre 20 e 39 anos com 56% e as áreas mais acometida foram o osso zigomático com 38,3% e os ossos nasais com 38,2%. Conclusão: A partir das observações desses estudos, é possível perceber que o maior fator etiológico dos traumas bucomaxilofaciais ocorridos nessa região está relacionado aos acidentes de trânsito, sobretudo aqueles envolvendo motocicleta. Também se observa uma maior frequência do público masculino e da faixa etária entre 20 e 39 anos, ou seja, população de adultos jovens e, em geral, as regiões anatômicas mais afetadas foram os ossos nasais e zigomático. O que leva a concluir que esta região está propensa a traumas, uma vez que são áreas contíguas e que normalmente estão envolvidas concomitantemente. Deste modo, podemos perceber a relevância do presente trabalho, tendo em vista que o mesmo sintetizou e traçou um parâmetro comum que permite uma melhor visualização e enfoque dentro da problemática. Porém, em virtude de o escasso número de estudos nesta área, se faz necessário levantamentos que proporcionem uma base de dados mais rica, a fim de se obter um direcionamento específico que propicie um desenvolvimento de estratégias interventivas que venham a reduzir os elevados índices de acidentes, a exemplo de políticas públicas mais efetivas para conscientização, com enfoque publicitário nos grupos-alvos, até planejamentos internos dos órgãos de trânsito para a atuação educativa, de orientação e de fiscalização.

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Publicado

2019-11-20

Como Citar

Feitosa Albuquerque, C. B., Ferreira, L. V. B., Melo, L. E. R. de, Moura, A. M. J. de, & Peixoto, T. S. (2019). IDENTIFICAÇÃO ETIOLÓGICA DOS TRAUMAS BUCOMAXILOFACIAIS MAIS FREQUENTES ATENDIDOS EM HOSPITAIS PÚBLICOS DE REFERÊNCIA NA PARAÍBA. Revista Saúde - UNG-Ser, 13(1 ESP), 32. Recuperado de https://revistas.ung.br/index.php/saude/article/view/3883

Edição

Seção

II ENCONTRO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DE ODONTOLOGIA-UNINASSAU(CAMPINA GRANDE-PB)