ADENOCARCINOMA DE GLÂNDULA PARÓTIDA EM CÃO – RELATO DE CASO

Autores

  • Luann de Lemos Lins Ferreira UNG
  • Carolina de Fátima Braga Rodrigues
  • Jaqueline Augusto Barbosa
  • Vanessa Bezerra de Lima
  • Renato Dalcin Segala

Palavras-chave:

neoplasia maligna, glândula salivar, cirurgia reconstrutiva

Resumo

Introdução: As neoplasias de glândulas salivares são raras na clínica oncológica de cães e gatos, representando 0,17% dos tumores nestas espécies. Relatado em pacientes idosos com média de 10 a 12 anos de idade, sem predileção racial ou sexual nos cães. O tipo histológico mais frequente é o adenocarcinoma, acometendo geralmente glândulas mandibulares e parótidas. O diagnóstico é realizado por meio de citologia aspirativa por agulha fina (CAAF), radiografia da região, sendo muitas vezes necessária tomografia computadorizada para delimitar amplitude e infiltração nas estruturas circunvizinhas. A análise histopatológica é a técnica diagnóstica definitiva. O tratamento baseia-se na exérese completa da formação, podendo ser associado eletroquimioterapia. Objetivo: O presente trabalho objetivou relatar um caso de adenocarcinoma de glândula parótidas em cão. Materiais e métodos: Um cão, fêmea, da raça poodle com 10 anos deu entrada ao serviço da clínica cirúrgica da Universidade Guarulhos (UNG) com histórico de aumento de volume em topografia de glândula parótida direita há 1 mês com crescimento progressivo. Foi realizado CAAF, sugerindo adenocarcinoma de glândula salivar. A tomografia computadorizada apontou a lesão se estendendo da porção lateral do ramo mandibular direito até o nível das vértebras C2-C3 (medindo 7,17cm eixo rostrocaudal x 6,95cm laterolateral x 5,96 cm ventrodorsal). Notou-se evidente efeito massa e contato íntimo com veia jugular externa, veia maxilar, glândula salivar submandibular, bula timpânica e ramo horizontal do conduto auditivo direito. A glândula salivar parótida direita não foi passível de visualização, sugerindo-se assim, sua possível origem. Optou-se pela excisão cirúrgica da neoplasia, porém, devido a íntima relação com o conduto auditivo foi necessária ablação e conchectomia totais de orelha direita, não sendo possível preservar a veia maxilar e o nervo facial. Realizado eletroquimioterapia no leito e margens da lesão. Devido ao extenso defeito cutâneo efetuou-se um retalho pediculado de padrão axial omocervical. A análise histopatológica concluiu que se tratava de um adenocarcinoma de glândula salivar moderadamente diferenciado. Resultados: A excisão cirúrgica da neoplasia proporcionou uma melhora significativa na qualidade de vida da paciente, trazendo como sequela apenas a incapacidade de piscar, devido ao comprometimento do nervo facial. Conclusão: A técnica cirúrgica proposta foi efetiva, melhorando a qualidade de vida da paciente e eliminando o efeito massa local em estruturas adjacentes.

Biografia do Autor

Luann de Lemos Lins Ferreira, UNG

Medicina veterinária

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Publicado

2020-02-17

Como Citar

Ferreira, L. de L. L., Rodrigues, C. de F. B., Barbosa, J. A., Lima, V. B. de, & Segala, R. D. (2020). ADENOCARCINOMA DE GLÂNDULA PARÓTIDA EM CÃO – RELATO DE CASO. Revista Saúde - UNG-Ser, 13(2 ESP), 61. Recuperado de https://revistas.ung.br/index.php/saude/article/view/4106

Edição

Seção

1º FÓRUM DE MEDICINA VETERINÁRIA DA UNG